Sociedade Princesina de Ciências Astronômicas ®

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Folha OnLine

Estrela "engorda" planeta e está prestes a devorá-lo
da New Scientist

Um planeta fora de nosso Sistema Solar, ou seja, um exoplaneta, está sendo "engordado" por sua estrela, que parece pronta para devorá-lo.

O WASP-12b é um planeta gigante gasoso que tem massa equivalente a 1,4 vezes a de Júpiter - maior do sistema planetário em que fica a Terra.

No entanto, ele já foi inflado para um tamanho de aproximadamente 1,8 vezes o tamanho de Júpiter.

C. Carreau/ESA
O planeta WASP-12b deve ser totalmente consumido por sua estrela em cerca de 10 milhões de anos
Ilustração do planeta WASP-12b, que deve ser totalmente consumido por sua estrela em 10 milhões de anos

Shu-lin Li, do Instituto Kavli para Astronomia e Astrofísica em Beijing, China, e seus colegas, dizem que este fenômeno é causado pela gravidade da estrela.

A gravidade estelar agita o interior do planeta, gerando calor e expandindo seus gases. Com isso, o Wasp-12b em estado expandido mal consegue segurar sua atmosfera mais exterior.

Isto deve permitir que a estrela roube matéria do planeta, consumindo-a completamente em cerca de 10 milhões de anos, estima o grupo.

"Isto pode parecer um longo tempo, mas para astrônomos não é nada", diz Li. Como referência, a terra já tem uma história estimada em mais de 4,5 bilhões de anos.

O WASP-12b orbita sua estrela em um ciclo de 26 horas. O estudo a respeito foi publicado na revista "Nature".

Meteorologia Pré-histórica

Ontem pela manhã, quando observava as condições meteorológicas, constatei que iria chover. Não precisei acessar o site do SIMEPAR ou do INPE. Como fiz isso? Simples: meteorologia observacional, mais conhecida como meteorologia pré-histórica.
Para fazer este tipo de diagnóstico se faz necessário somente um instrumento, o olho, e observações diárias. As observações sucessivas nos ensinam a memorizar as características atmosféricas regionais, possibilitando assim, uma previsão com a probabilidade de até 90% de acerto. Isso é muito!
Lavradores e trabalhadores do campo em geral, conhecem muito bem essas características, pois estão em contato permanente com o meio onde elas tornam-se visíveis.

Tipos de nuvens e a probabilidade de chuva

As nuvens se dividem em alguns grupos. Nuvens baixas, até 2000 m de altura (stratus, stratocumulus e nimbostratus); nuvens médias, de 2000 a 6000 m de altura (altostratus e altocumulus); nuvens altas, acima de 6000 m de altura (cirrus, cirrostratus e cirrocumulus); e, por fim, nuvens de desenvolvimento vertical, que vão de 200 a 12000 metros de altura (cumulus e cumulonimbus).
Nas nuvens do tipo Cirrus, o que mais nos interessa é a Cirrostratus, que associada ao Sol ou a Lua provoca o halo em torno do astro. Isso se deve a refração e reflexão da luz nos cristais de gelo que formam a nuvem. Quando o halo é observado, a possibilidade de chuva nas próximas 24 horas é muito grande.

As nuvens denominadas Autocumulus, que quando elas aparecem muitos dizem que o céu está encarneirado, possibilitam um diagnóstico muito preciso. Elas preveem chuva em menos de 12 horas.

Através das nuvens Cumulus podemos diagnosticar que, ao contrário das outras, a probabilidade de chuva é muito pequena. Porém, vale uma ressalva: somente Cumulus de porte pequeno, pois as chuvas de verão que ocorrem no Brasil se devem a nuvens Cumulus de grande porte.

Se você ver um a nuvem gigantesca com o topo em forma de bigorna, pode preparar o guarda-chuva, esconder o telescópio, pegar um livro e começar a lê-lo sem pressa, pois a tempestade está chegando. E é melhor não sair para ver a chuva, a não ser que você queira ser atingido por um raio!


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SPCA no Orkut


Recentemente foi criada a comunidade da SPCA no Orkut. Quem quiser participar, basta acessar o link abaixo.

http://www.orkut.com/Main#Community?cmm=98524826

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quem não observa faz poema 0002

Planetas


Viajores gravitacionais,

Errantes do firmamento,

Substâncias em deslocamento

Nas elipses orbitais.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Quem não observa faz poema 0001

Angústias Astronômicas

Negras nuvens cobrem o céu

Privando-nos de seu esplendor.

Cai, diletante, o aquoso véu,

Inseminando-nos grande furor.

Novos acessórios

Comprei os seguintes acessórios para melhorar nossas observações e permitir astrofotografia:
- Ocular CPL 32 mm, 1,25" com rosca para adaptador fotográfico;
- Filtro UV-IF;
- Filtro lunar verde escuro 18% de trasmissão.
Agora vamos esperar o tempo melhorar.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Vesta (4)

Constelação do Leão


Figura 2

No dia 16 de fevereiro do corrente ano, o asteróide Vesta (4) esteve localizado exatamente entre Algieba (Gama ou 41 Leo, de magnitude 2.6) e 40 Leo (de magnitude 4.7). Foi a oportunidade perfeita para observar o asteróide, já que ele está em oposição ao Sol, atingindo magnitude 6.1. Mas se você não conseguiu observá-lo, não se preocupe, ainda dá tempo. Até o dia 1 de março ele estará fácil de localizar.
A figura 1 mostra a disposição das estrelas e do asteróide vistos do hemisfério norte. Nós, que estamos no hemisfério sul, veremos como está na figura 2. Um binóculo 7X50 ou um pequeno telescópio (relfetor 90 mm / refrator 60 mm) será suficiente para contemplar o asteróide.

Carta Celeste de Março - 2010



O site americano Skymaps® disponibiliza já há algum tempo, cartas celestes mensais para o Hemisfério Sul traduzidas para o português do Brasil. Basta acessar o site e baixá-las no formado PDF.
Nós da SPCA disponibilizamos a carta de Março no formato JPG, acima.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Relatório de Observação 06-07/02/2010 - Chácara


Sábado, dia 06, a SPCA partiu para mais uma observação entre os sócios na chácara do Sr. Aroldo Garbuio, que nos deixou à vontade para realizarmos nossa exploração celeste. Segue abaixo o relatório do confrade Christopher Margraf, que também pode ser conferido em nosso site (clique aqui).

Primeira observação em grupo deste ano de 2010, com o telescópio 304mm f/5 de Sérgio Carbonar; o telescópio 130 mm f/5 de Cristopher Margraf; e três binóculos astronômicos 10x50 sendo um de Cristopher Margraf, um de Carlos Chrestani e um de Marcelo Kaczmarech.
Foram observados muitos objetos, com destaque para as galáxias M104 (galáxia do Sombrero), NGC 5128 (a radiogaláxia Centaurus A) e Nuvens de Magalhães; os planetas Saturno e Marte (exibindo uma de suas calotas polares); as Nebulosas Tarântula (NGC 2070), Eta Carinae (NGC 3372), Chama (NGC 2024) e Orion (M42); o remanescente de supernova M1 (Nebulosa do Caranguejo); os aglomerados globulares 47 Tuc e Omega Centauri; além de inúmero aglomerados abertos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Relatório de Observação 03 de fevereiro - Cristopher H. Margraf

Desde que adquiri meu telescópio Sky-Watcher 130mm, ainda não havia conseguido uma oportunidade boa de testá-lo. Ora era o tempo que não contribuía, ora eram os compromissos de trabalho. Já havia observado Júpiter e a Lua com o tele, mas eu queria mesmo é testá-lo com os objetos do céu profundo. Ontem o tempo ficou bom logo no início da noite, e decidi não perder aquela oportunidade.

Comecei a montar as coisas lá pelas 21:20, e quando olhei casualmente para Orion a olho nu por volta de 21:30, me surpreendi ao ver a passagem de um satélite artificial pela constelação, com magnitude próxima de 4. Mais tarde, consultei o site HEAVENS-ABOVE e descobri tratar-se do foguete Cosmos 1666.

A partir das 21:30 com tudo pronto, me concentrei no Sul. Principalmente porque meus algomerados abertos favoritos encontram-se nessa região, além de ser uma das poucas partes do céu que me é livre para observar aqui dos fundos da minha casa, a qual é cercada de prédios por quase todos os lados.

Atualmente, disponho de duas oculares de pouco aumento para o tele, uma 25mm (que dá um aumento de 26x) e uma 10mm (aumento de 65x). Comecei por um velho conhecido: o aglomerado aberto IC 2602, conhecido como Plêiades do Sul. De tempos em tempos, tirava o olho da ocular do tele e observava com meu binóculo Celestron UpClose 10x50. Aqui vale uma constatação importante: muitas pessoas subestimam a importância dos binóculos na astronomia. Mas a partir do momento em que adquiri o telescópio, minha reação foi o contrário: passei a valorizar ainda mais meu pequeno 10x50. As Plêiades do Sul formam um aglomerado espaçado, e no grande aumento de um telescópio, o maravilhoso efeito que aquelas estrelas causam observadas próximas umas das outras (quando observadas a olho nu ou ao binóculo) quase se perde. É um tipo de aglomerado que definitivamente deve ser observado ao binóculo ao invés do telescópio.

Mas é claro que o telescópio também tem seus momentos de superioridade na observação de aglomerados abertos. Por exemplo, quando observei a Caixa de Jóias, na Crux (Cruzeiro do Sul), um aglomerado pequeno, ele se mostra tímido e sem grandes detalhes ao binóculo. Mas no campo do telescópio, ele se revelou estonteante, e a estrela cor de rubi em seu centro contrastava enormemente com as estrelas azuis circundantes. Um espetáculo.

Novamente na região circundante das Plêiades do Sul, mergulhei nos aglomerados abertos da Carina (a Quilha do navio dos argonautas). NGC 3532 é um aglomerado aberto extremamente denso, para observar ao binóculo é um dos meus aglomerados favoritos. NGC 3114 e NGC 2516 também proporcionaram uma bela visão. Tentei observar maiores detalhes da nebulosa Eta Carinae, porém ela estava fraca e quase imperceptível, tanto ao bino quanto ao tele. Percebi aí que a noite não estava assim tão boa, pois em outras ocasiões, aqui de casa mesmo, eu já havia conseguido observá-la muito melhor ao binóculo do que consegui neste dia.

Foi então que descobri um pequeno tesouro bem escondido, a noroeste da Nebulosa Eta Carinae. Trata-se de NGC 3293, um aglomerado pequeno (o que não o torna um alvo muito bom para binóculos), mas que se revela magnífico ao telescópio, bastante denso e brilhante. Então decidi observar um aglomerado globular, e lembrei de NGC 2808, ao Norte das Plêiades do Sul, um aglomerado não tão brilhante, mas que eu já observara facilmente ao binóculo anteriormente, em um céu bom de interior na cidade de Ipiranga (PR). Porém, no céu poluído do centro de Ponta Grossa, isso mostrou-se uma missão ingrata. Sofri para encontrá-lo ao binóculo, se mostrando apenas como uma estrela desfocada. No campo do telescópio, mesmo com a ocular de 65x, não consegui resolver nenhuma estrela individual do aglomerado, e ele se mostrou apenas como uma pequena esfera de algodão.

Para terminar a noite, dei uma rápida observada na Nebulosa de Orion. Com a ocular de 65x, pude perceber claramente as estrelas que formam o Trapézio. Mesmo com o céu poluído, pude perceber alguns detalhes interessantes na Nebulosa. Queria observar Marte, porém o planeta só ficaria disponível para observar daqui da minha casa lá pelas 1h da manhã, quando passasse exatamente sobre o ponto cardeal Norte (onde há um pequeno pedaço de céu aberto, no meio de dois prédios), e como bom astrônomo amador pobre que precisa levantar cedo no dia seguinte, seria complicado para mim ficar acordado até esse horário. Mas se sábado o tempo continuar bom, provavelmente a SPCA fará uma observação na chácara, e aí Marte não me irá escapar!

Fim da observação às 22:55h do dia 03 de fevereiro.

Observação astronômica


Pode-se dizer que a Astronomia é a ciência mais antiga que o homem pratica na sua existência no planeta Terra, a humanidade já estava hávida de saber a razão pela qual se originaram todos aqueles pontinhos brilhantes no firmamento, bem como também tentar desvendar o seu próprio destino nas paragens desse planeta, uma simples olhada para o céu noturno já estamos envolvidos com a Astronomia.

A Observação a olho-nu foi por muito tempo a única forma de se conseguir compreender o que se passava sobre suas cabeças e muitas descobertas foram realizadas.

Depois com a invenção do telescópio a Astronomia obteve um salto imenso novos astros foram descobertos, conceitos foram reformulados, e nada mais acolhedor e gratificante que ficar ao relento para observar o que o firmamento nos oferece, de preferência longe da poluição luminosa das grandes cidades, que faz o céu perder em qualidade e que causa decepção nos astrônomos, quer seja ele profissional ou amador, por isso não devemos perder tempo, boas observações a todos...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Marte em Oposição

Na sexta-feira, dia 29, o planeta Marte alcançou a oposição ao Sol. Isso significa que a Terra está localizada entre os dois astros, Marte de um lado, e o Sol de outro, tomando a Terra como referência. Esse fenômeno acontece mensalmente com a Lua, quando entra na fase cheia, também denominada plenilúnio.

Para comprovar o fenômeno basta observar que quando o Sol imerge no oeste, Marte emerge no leste. Neste caso, sua superfície fica totalmente iluminada, aumentando seu brilho ou diminuindo sua magnitude. A posição angular de Marte em relação à Terra e ao Sol é de 365 graus.

Os rumores que cercam Marte desde a grande aproximação de 2003 ainda geram polêmicas. Mensagens afirmando que o planeta vermelho ficará no tamanho da Lua cheia são enviadas às pessoas anualmente, e este ano não será diferente. Em nossas observações públicas sempre nos perguntam da veracidade do fato, o que não possui nenhuma base científica. Acredito que Marte somou-se a lenda de Hercólobus, planeta que supostamente estaria se aproximando da Terra justamente no ano de 2003, e nos levaria a mais um fim apocalíptico.

O fenômeno de oposição acontece com a Lua e todos os planetas além da Terra. Isso equivale dizer que Mercúrio e Vênus nunca estarão em oposição, pois suas órbitas estão mais próximas do Sol, aquém da Terra.

Para localizar Marte no céu, basta olhar para o leste próximo de 21 horas. De cor alaranjada, o planeta destaca-se pelo brilho mais intenso do que qualquer estrela próxima. Olhá-lo com um binóculo torna o espetáculo melhor por sua proximidade com o aglomerado aberto M44 (Aglomerado do Presépio), na constelação de Câncer. Aproveite que a Lua estará por perto e dê uma sondada em sua superfície com crateras, planícies e planaltos.