Sociedade Princesina de Ciências Astronômicas ®
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Um Conde nas Estrelas
segunda-feira, 11 de abril de 2011
12 de Abril de 1961 - HUMANOS NO ESPAÇO
sábado, 2 de abril de 2011
Anã Branca e a Terra
sábado, 26 de março de 2011
Estudo sugere nave movida a água para baratear viagem a Marte
Veículos espaciais movidos a água podem abrir muitas possibilidades na exploração de planetas do Sistema Solar e, entre elas, tornar mais em conta uma viagem até Marte.
Uma nave desses termos custaria um pouco menos do que é gasto hoje com o lançamento de ônibus espaciais, noticia o site Space.com.
A proposta é de um engenheiro de software e empreendedor tecnológico, Brian McConnelll, e o coautor Alexander Tolley, que publicou o estudo na edição de março do "Journal of the British Interplanetary Society".
A propulsão seria feita com motores eletrotérmicos que superaqueceriam a água, resultando em vapores concentrados, capazes de impulsionar a nave até o espaço.
Ou seja, uma nova tecnologia não teria que ser desenvolvida para tornar o projeto uma realidade.
BANHOS QUENTES NO ESPAÇO?
A água como propelente principal tornaria a viagem mais barata, diz a pesquisa, graças aos motores eletrotérmicos que são considerados eficientes para esse fim.
Além disso, ela poderia ser usada de outras maneiras, já que é reciclável, o que reduziria consequentemente o peso morto tão problemático das viagens.
O voo também poderia ser mais confortável, na opinião de McConnell. Com água reservada, os astronautas cultivariam alguns alimentos, algo impensável nos dias atuais, e --o luxo dos luxos-- tomar vários banhos quentes.
O abastecimento seria feito em órbitas baixas da Terra, segundo as necessidades, ou mesmo pela reposição de água bombada de um asteroide ou da lua de Marte.
sábado, 12 de março de 2011
Relatório de Observação 08 de Março de 2011
A comunicação se fez rápido e, meia hora depois, todos já estavam prontos para seguir rumo ao observatório natural, onde poderíamos desfrutar por algumas horas de céu límpido: a chácara do Sr. Aroldo Garbuio.
Compareceram os confrades Maurício, Osvaldo, Sérgio, Carlos e Adriano. Faltou somente o confrade Cristopher, que por motivos de força maior não pode comparecer. Quase todos os membros chegaram ao mesmo tempo. Nuvens baixas eclipsavam o sol poente que as atravessava com seus raios dourados, deixando o horizonte oeste na tonalidade sépia. Pássaros desconhecidos celebravam o final do dia dando rasantes sobre as nuvens de insetos que pairavam sobre as nossas cabeças.
Na rodovia, o fluxo contínuo de luzes vermelhas ruborizava a vegetação, deixando-a mais hostil aos olhos pacíficos.
Qual foi a nossa surpresa quando vimos o confrade Osvaldo montando um telescópio dobsoniano SkyWatcher, de 150 mm de abertura e f/D 8. Todo equipamento é bem-vindo e, estando este praticamente virgem, não nos faltou vontade de pô-lo a prova.
Assim que o disco solar mergulhou, Júpiter surgiu imponente a aproximadamente 15 graus do horizonte oeste. Atacamos sem demora. Os telescópios SkyWatcher (150 mm e 300 mm) mostraram a que vieram, e nos apresentaram imagens espetaculares das faixas coloridas da densa atmosfera do planeta, somente atrapalhadas pelo tremular constante da instável atmosfera terrestre e do vento fustigante que assolava o topo da colina onde nos encontrávamos. As quatro principais luas apresentavam-se esplendorosas, principalmente Calisto, que se inclinava um pouco ao norte em relação às outras três.
A Lua Nova exibia sua foice branca manchada de cinza, cicatrizes profundas das pelejas de outrora. Os canhões ópticos foram lançados sobre ela, nossa próxima vítima. Com o olho na ocular, tínhamos uma visão tridimensional das áreas próximas à sombra, marcada pelo relevo acidentado. Adentrando à penumbra, picos brilhantes fulguravam com a luz do astro rei, futuras instalações humanas. Pelo resto da noite ela nos serviu como gueixa nas nossas taras científicas.
O Cruzeiro do Sul erguia-se lamurioso, circunavegando o polo celeste. A Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães ludibriavam nossas mentes ainda descrentes de sua natureza. Nuvens, sim. Nuvens de poeira cósmica, gases estelares, brigadas de mundos e, quiçá, civilizações.
A constelação de Touro, límpida, nos mirava através de seu gigante olho, Aldebaran. Próximo à ponta de um dos chifres estava a difusa, mas não menos bela nebulosa do Caranguejo, ou M1. Durante a observação, levantamos a possibilidade de o astrônomo francês ter inicialmente considerado M1 como um cometa. Notando que não errava pelo céu, catalogou-o como objeto do espaço profundo.
Logo depois nos aventuramos na caçada da nebulosa do Esquimó (NGC 2392), na constelação de Gêmeos. Não obstante buscarmos exaustivamente, nada encontramos. Além de tênue, a nebulosa planetária apresenta magnitude 9, o que tornou sua localização manual impossível. O mesmo aconteceu com a Nebulosa da Roseta (NGC 2246), em Monoceros.
Como sempre, os objetos mais luminosos foram explorados com entusiasmo. Nebulosa de Órion (M42), Aglomerado do Presépio (M44), Ômega Centauro, 47 Tucanae (NGC 104) e Caixa de Jóias (NGC 4755).
A grande surpresa da noite foi Saturno, que nasceu próximo das 21 horas (Brasília). Mesmo com a desvantagem do horizonte leste, trêmulo e poluído, conseguimos distinguir com perfeição o espaço entre os anéis e o planeta. Titã destacava-se ao lado do gigante, juntamente com Rhea, plácida sobre o véu negro.
Por falta de contribuição meteorológica abandonamos os astros, velados pela fina camada de nuvens que se espalhou por toda a abóbada celeste. Relutantes, recolhemos os equipamentos e com pesar deixamos o posto avançado de observação, felizes com o breve espetáculo.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sun Pillar
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Sol Inquieto
As duas imagens do Sol não correspondem ao mesmo dia. A imagem colorida foi tirada no dia 17, e nela podemos ver, próximo ao norte solar, uma grande proeminência (massa coronal) ejetada do astro. Já a imagem em escala de cinza destaca os agrupamentos de manchas, caracterizando a turbulência magnética pela qual o Sol está passando.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Nasa faz foto de galáxias que formaram buracos negros
da Folha Online.
A Nasa, agência espacial americana, divulgou uma foto da Arp 147, um par de galáxias localizadas a cerca de 430 milhões de anos-luz da Terra.
A imagem foi possível pelos raios X emitidos pelo observatório Chandra e pelos dados ópticos do telescópio Hubble.
Dessa colisão, surgiu um aglomerado de estrelas novas, que na foto aparece como o anel azul.
À medida que vão evoluindo, esses corpos celestes explodem como supernovas, deixando para trás buracos negros ou estrelas de nêutrons --uma das possíveis fases finais da vida de uma estrela.
Tanto os buracos negros quanto as estrelas de nêutrons podem se tornar fontes de raios X brilhantes. No caso da Arp 147, eles são tão vistosos, que devem ser buracos negros com massa equivalente de dez a vinte vezes superior à do Sol.
A foto também captou a "vizinhança" da Arp 147. Uma estrela (à esquerda, abaixo) e um quasar (ponto rosa, na parte de cima).
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Meteorito inspirou mito greco-romano de Faetonte, diz grupo
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA da FOLHA.
Foi um caso de barbeiragem de proporções cósmicas, diz a mitologia. O mortal Faetonte assumiu as rédeas da carruagem do Sol e quase derrubou o astro em cima da pobre Terra. Será que um evento astronômico real poderia ter inspirado a história?
Ao menos para pesquisadores da Alemanha e da Grécia, a resposta é "sim". Em estudo na revista científica "Antiquity", especializada em arqueologia, eles dissecam textos da
Antiguidade clássica para tentar demonstrar que um meteorito de verdade está por trás do mito greco-romano de Faetonte.
O casal alemão Barbara e Michael Rappenglück, do Instituto de Estudos Interdisciplinares, coordenou o estudo. Eles são arqueoastrônomos --estudiosos do conhecimento astronômico antigo.
CICATRIZES NA TERRA
Barbara Rappenglück contou à Folha que seu interesse por Faetonte surgiu em 2005, quando estava estudando o chamado impacto de Chiemgau. Nessa região da Baviera (sudeste da Alemanha), o solo está salpicado de aparentes crateras. A maior delas hoje é o lago de Tüttensee, com diâmetro de 600 metros e profundidade de 30 metros.
É claro que o simples chão esburacado não é suficiente para comprovar a queda de um meteorito. Os pesquisadores citam outras pistas bem mais reveladoras, típicas de outros impactos.
Quando um bólido celeste despenca, é como se o calor e a energia da pancada "torturassem" as rochas vizinhas, deixando-as com feições características. Algumas derretem e se solidificam rapidamente; outras são vitrificadas (viram vidro); e surgem até minúsculos diamantes no sedimento. Todos esses detalhes estão presentes em Chiemgau, fortalecendo a hipótese do impacto.
"Muitos autores, nas últimas décadas, estavam associando o mito de Faetonte com a queda de um meteorito ou de fragmentos de um cometa", diz Rappenglück. "Mas essas interpretações não me convenceram."
Porém, duas pesquisas mais caprichadas, do alemão Wolf von Engelhardt e do sueco Jerker Blomqvist, voltaram a inspirá-la na caça à cratera. Blomqvist chegou a propor candidatas: as crateras de Kaali, na Estônia.
Mas um detalhe não batia: a localização tradicional do mito. Conta-se que Faetonte, filho do deus solar Hélios e da mortal Climene, pede a seu pai para guiar a carruagem que leva o Sol pelo céu.
O deus cede aos desejos do filho, mas ele pilota tão mal que quase queima a Terra inteira. Para impedir o desastre, Zeus, o chefão dos deuses gregos, atinge o rapaz com um raio, e ele cai no rio Erídano -que, na tradição grega, ficava em algum lugar da Europa Ocidental, e não Oriental (como a Estônia).
O diabo é saber onde. Alguns identificam o Erídano com o rio Pó, no norte da Itália, outros com o Danúbio.
O casal alemão defende a segunda interpretação, já que o rio é perto de Chiemgau. Por meios indiretos, também é possível datar o surgimento das crateras entre 2000 a.C. e 800 a.C. A data bate, em linhas gerais, com o período de formação da cultura e da mitologia gregas, e antecede a primeira menção escrita clara ao mito de Faetonte, na peça "Hipólito" (428 a.C.), de Eurípides.
Os pesquisadores citam ainda detalhes de narrativas antigas, como as do poeta romano Ovídio (43 a.C.-17 d.C.), que registrariam alguns detalhes muito parecidos com a queda de um objeto celeste "transfigurada" pelo mito.
Rappenglück admite que os relatos são muito posteriores ao impacto, mas diz que podem se basear em dados anteriores.